Há um ano, em outubro de 2019, a cotação do dólar estava em R$ 4,01. Hoje a moeda está cotada em R$ 5,59, o que representa um aumento de quase 40%. O aumento da cotação impacta diretamente as empresas que atuam no comércio exterior, destaca o Instituto Mercosul, entidade de fomento ao comércio exterior de Maringá. O presidente do Instituto Mercosul Aluízio Andreatta comenta que as empresas devem estar preparadas para um cenário de flutuação média do câmbio em 2021 acima de USD 5,10 de acordo com o boletim Focus do Banco Central de outubro de 2020. Isso influencia positivamente o cenário das exportações aumentando a rentabilidade das empresas exportadoras. Mas não podemos esquecer que o Brasil dependente em grande parte de produtos e matérias primas importadas, o que deve impactar o preço final de venda e um aumento de custo dos produtos ao consumidor.
Entre essas empresas está a Potencial Suprimentos, que importa cartuchos de tinta, toner e outros artigos para impressoras. “Na importação, o dólar tem total impacto na formação de preço das mercadorias, e é inevitável não repassar ao consumidor final. Todavia, como importamos produtos dos quais não há similar nacional, as nossas vendas não são tão afetadas, mas se tornam mais dinâmicas, uma vez que importamos produtos acabados e insumos. O dólar estando em alta, nossas vendas de produtos acabados sofrem retração, mas a venda de insumos aumenta”, detalha o analista de Comércio Exterior, Gustavo Juventino Lopes.
Em tempos de pandemia foi necessário reduzir as importações na Potencial Suprimentos, principalmente em março, quando foi decretado o fechamento das empresas pela prefeitura de Maringá. E o volume de importação dos insumos para impressoras impacta diretamente a operação da empresa, pois se não houver importações, não há venda, segundo Lopes.
“Naquele primeiro momento ficamos preocupados com o futuro do mercado e optamos por postergar o recebimento de mercadorias que estavam prontas para serem carregadas nas fábricas chinesas. Dessa forma, tivemos um tempo para esperar e ver como o mercado nacional de impressora estava reagindo à pandemia”, afirma.
“Naquele primeiro momento ficamos preocupados com o futuro do mercado e optamos por postergar o recebimento de mercadorias que estavam prontas para serem carregadas nas fábricas chinesas. Dessa forma, tivemos um tempo para esperar e ver como o mercado nacional de impressora estava reagindo à pandemia”, afirma.
Agora, a principal preocupação da Potencial Suprimentos é com a oscilação da cotação do dólar. “Temos que nos atentar para o fluxo de caixa, que no início da pandemia acabou comprometido devido às prorrogações de boletos solicitadas pelos clientes, fase pelo qual passamos e diminuímos o volume de compras no exterior. Agora o que nos preocupa é a oscilação do dólar, alta e baixa. A alta não prejudica as negociações, pois o mercado acompanha. Procuramos manter uma reserva para suprir essas condições, por isso, efetuamos as negociações com pagamentos à vista e colocamos a mercadoria com preço real de venda”, acrescenta Lopes.
Para 2021, a empresa tem perspectiva de crescimento de cerca de 20%.
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